Varejo em 2023: 3 tendências do Fórum E-commerce Brasil

Varejo em 2023: 3 tendências do Fórum E-commerce Brasil

Varejo em 2023: 13º Fórum E-commerce Brasil reuniu 18 mil pessoas e grandes nomes do varejo e da indústria criativa; confira os principais insights levantados e como aplicar no seu e-commerce

 

Community Commerce, Metaverse Commerce e UX são as temáticas que prometem alavancar o setor do e-commerce no próximo ano. Os assuntos ganharam destaque no 13ª Fórum E-commerce Brasil, que reuniu mais de 18 mil pessoas no Transamérica Expo Center (SP) durante os dias 26 e 27 de julho.

 

Depois de dois anos no formato remoto, os visitantes puderam fazer negócios, discutir temas relevantes e gerar insights pessoalmente. Foram 250 expositores, 20 áreas de conteúdo e grandes marcas compartilhando as melhores práticas para o varejo.

 

A Leanwork participou pela primeira vez do Fórum E-Commerce Brasil com o lançamento do LeanApp, aplicativo nativo que oferece ao usuário experiência memorável, trazendo vantagens competitivas para e-commerces. Os visitantes que passaram pelo stand da empresa também tiveram a oportunidade de conversar com especialistas em alocação de squads dedicadas. A estratégia tem ótimo custo benefício para driblar o apagão tecnológico enfrentado por empresas de todo o país.

 

 

DE OLHO NAS TENDÊNCIAS

 

Para além dos R$300 milhões gerados em negócios, algo valoroso proporcionado pelo evento foi a possibilidade de fazer networking e mapear insights. Grandes nomes como, Marcelo Zimet (CEO L’Óreal), Celia Goldstein (General Manager Amazon Advertising Brasil), Andre Sabioni (Head of Industry Meta – Facebook) e Danielle Crahim (Industry Lead – Perfomance TikTok) compartilharam como estão lidando com crises, criando oportunidades, seus cases de sucesso e análises de mercado – conteúdo que segue reverberando entre gestores, criativos e desenvolvedores do universo e-commerce.

 

A equipe Leanwork mergulhou nas palestras do Fórum e reúne aqui tendências possíveis de adaptar à realidade de cada negócio para trazer melhores resultados a curto e médio prazo.

 

Community Commerce

 

Pessoas confiam em pessoas e uma recomendação vale mais do que qualquer publicidade. Foi com essa premissa que Danielle Crahim, Industry Lead – Perfomance TikTok, chamou atenção do público ao dizer para as marcas investirem menos em ads e mais no TikTok.

 

O motivo é que a abordagem da plataforma concilia os interesses do público, dos creators e das marcas

 

“Os creators querem ser o personagem central de histórias com marcas e as marcas querem se destacar, conquistar confiança e fazer algo novo”, lembra Crahim.

 

O que é Community Commerce? 

 

Community commerce ou e-commerce orientado ao criador consiste em construir relacionamento com criadores de conteúdo e com clientes para que eles falem – e vendam – seu produto.

 

Isso pode acontecer de maneira direta, como foi o caso da campanha Amigo Lacta durante a Páscoa deste ano. A marca criou uma plataforma para que qualquer pessoa criasse uma loja com seu próprio nome, ‘revendendo’ os produtos Lacta e, ganhando assim, descontos e vale-compras. Esse tipo de ação promove o boca a boca digital, com uma pessoa próxima recomendando os produtos, além de gerar renda para o público e valor social para a marca.

 

De maneira indireta (e ainda mais expressiva), o Community Commerce ocorre quando o próprio público viraliza um produto ou marca nas redes sociais, o que tem acontecido especificamente no TikTok.

 

As pessoas estão cada vez mais cansadas de serem interrompidas por anúncios. E se nas outras redes sociais as marcas precisam de seguidores e anúncios pagos para engajar, no caso do TikTok o próprio público ajuda na viralização. 

 

“O community Commerce entra como solução, pois oferece às pessoas um anúncio que as entretém, as tornam protagonistas e as conectam com o que elas acreditam”, ressalta Danielle.

 

Apostando nesses dados, as marcas Americanas e Havaianas realizaram recentemente uma parceria com o TikTok, levando anônimos a viralizarem durante suas campanhas. Nesses formatos, as taxas de conversão são de 4 a 5 vezes maiores que canais de venda tradicionais.

 

Entre as razões para esse sucesso, está na qualidade da tríade:

  1. Awareness (descoberta de produto divertida);
  2. Consideração (credibilidade da confiança incorporada);
  3. Conversão (vontade de comprar).

 

Community Commerce aumenta a taxa de conversão?

“O aprendizado foi claro: jogar fora os preconceitos e seguir o cliente onde ele estiver”, foi o que disse André Secco, Head de Canais Digitais da Granado em sua palestra no FECBR22. A marca vem passando por uma virada digital nos últimos três anos, com esforços em levar a experiência do PDV para o e-commerce.

Em 10 meses a Granado lançou três sites, investiu em estratégias de personalização de e-mails para CRM e mecanismos de busca por IA para aumentar o CTR. Todos esses esforços trouxeram ótimos resultados nas taxas de conversão, mas foi a presença em outros canais, especialmente o TikTok, que trouxe a grande surpresa positiva para a marca.

“Tínhamos lançado o perfume Époque Tropical no fim do ano passado, mas ele só decolou quando organicamente surgiu um grande buzz no TikTok”, contou à plateia.

Ainda sobre o potencial de vendas e posicionamento de marca encontrado no TikTok, uma frase de Lex Bradshaw-Zanger, CMO da L’Óreal UK, deu a letra. 

“Você pode passar por um funil inteiro de marketing em um passo no TikTok”.

Na rede, todo esse processo tem a possibilidade de ocorrer de maneira orgânica, autêntica e divertida, através das seguintes etapas:

  • Spark – um creator ou uma marca faz um conteúdo com produto;
  • Share – outros TikTokers veem o conteúdo e participam da conversa;
  • Spike – o entusiasmo aumenta em torno do produto da marca e as vendas aumentam;
  • Sustain – a marca continua a engajar com a audiência do TikTok.

 

Como criar campanhas de Community Commerce?

Outro insight interessante da palestra de Danielle Craig é que não existe receita de bolo ou uma única maneira de fazer Community Commerce. Craig lembrou da necessidade de produzir conteúdo de acordo com cada plataforma, aproveitando o melhor que cada uma pode oferecer.

 

Ela recomenda que os profissionais de marketing explorem as ferramentas da própria rede. No caso do TikTok é possível ficar por dentro das trends checando o Creative Center, espaço que mostra as hashtags em alta, as músicas e os creators que estão bombando.

 

Outra dica fundamental, segundo Danielle, é focar em princípios criativos, como:

 

  • Real = ser honesto e autêntico 
  • Conectado = mapear tendências e se relacionar públicos
  • Natural = usar linguagens nativas para ser natural e manter o Creator no centro
  • Explorador = gerar conteúdo divertido e interessante 

 

Metaverse Commerce

 

A palestra com Daniel Bottas, que por oito anos foi Creative Director na Meta, deu uma boa chacoalhada no público que ainda está descrente das possibilidades que o Metaverso oferece ao varejo

 

Segundo Bottas, a hora de investir é agora. Enquanto o metaverso está começando, as empresas têm a oportunidade de começar a construir uma marca forte por lá investindo pouco

 

As empresas que deixarem para fazer isso daqui a dois anos enfrentarão uma concorrência mais estabelecida e o investimento vai ser dobrado, explicou o profissional. 

 

Outro insight de Bottas para o varejo, é que a realidade aumentada é a porta de entrada para o metaverso, sendo assim quem tem um smartphone já tem acesso a esse novo universo. Na prática, as empresas do varejo podem começar a investir em ferramentas de realidade aumentada, pois elas são uma estratégia eficaz para mostrar produtos sem que o cliente precise sair de casa.  

 

Relacionamento, UX e experiência do cliente

 

Palestras como a de Rafael Bonjorno (Head de Consumer Care & Services Latam Electrolux), Roni Magalhães (CEO da Forever Liss) e Édson Tavares (CTO da Via Hub) ressaltaram o que todo profissional da área de e-commerce sabe: o relacionamento e a experiência do cliente precisam vir em primeiro lugar.

 

Bonjorno lembrou que para além do funil de vendas, a fidelidade com a marca depende de um relacionamento com empatia, interação direta e excelência na execução. Como foco nessas necessidades, a fabricante criou a plataforma Electrolux Cuida, que simplifica instalações e suporte dos seus produtos.

 

A UX e análise de métricas também está no coração da Via Hub. Edson Tavares contou em sua palestra que fazer mudanças a partir das necessidades de seus clientes ajuda a marca a direcionar energia no que realmente traz resultado. Essa cultura gera evoluções mais rápidas, clientes mais satisfeitos e resultado para o negócio, explica.

Diante do desafio de criar uma relação mais próxima e emocional com os clientes, Zimet (L’Óreal) e Magalhães (Forever Liss) têm apostado em soluções como conversations commerce, social commerce e live streaming. Essas estratégias fizeram a LÓreal aumentar em 3 vezes a participação on-line nos últimos anos.

“Nosso público não quer produto: quer relacionamento, estilo de vida e engajamento. Por isso, tudo o que fazemos busca atender o que a consumidora deseja da gente”, explica Magalhães.

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Aplicativo Nativo focado nas necessidades do varejo 

 

O sucesso da UX e da experiência do cliente estão diretamente ligados à uma plataforma robusta, centrada no usuário. Esses quesitos são pilares centrais no desenho do LeanApp, aplicativo nativo que centenas de pessoas puderam conferir de perto no stand da LeanWork no Fórum E-commerce BR 2022. 

 

A Leanwork agradece aos amigos, clientes e parceiros de negócios que passaram por lá e convida os gestores interessados na transformação digital de seus negócios a conhecerem o jeito Lean de trazer resultados. 

 

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