Confira quais os desafios e as possibilidades que especialistas apontam para o uso mobile no metaverso
No final de 2021 as buscas pelo termo metaverso tiveram um salto exponencial. O motivo foi o anúncio da mudança de nome do Facebook, que rebatizado de Meta, promete elevar a experiência do metaverso a outro patamar.
Nós que trabalhamos com tecnologia ficamos atentos e fomos logo analisar qual o papel do mobile no metaverso. Quais oportunidades vêm por aí e o que de fato esperar?
O potencial do mobile no metaverso foi um dos temas abordados no Mobile World Congress (MWC), principal evento do universo das tecnologias móveis, realizado em Barcelona no final de fevereiro deste ano. Durante os quatro dias de evento, mais de 60 mil pessoas de quase 200 países foram conferir de perto as tendências para o mercado.
Apesar de promissor, especialistas e CEOs de empresas de tecnologia ao redor do globo advertiram que são muitos os desafios para a popularização e uso do mobile no metaverso. Ainda assim, é urgente que gestores fiquem por dentro das oportunidades que chegam com esse futuro tão presente.
Afinal, o que é metaverso?
Existem muitas formas de definir o que é metaverso e, acredite, nenhuma delas é consenso entre todos os especialistas do ramo. De maneira geral, podemos dizer que metaverso é uma maneira de utilizar recursos digitais de um jeito diferente do que estávamos acostumados até então.
Neste vídeo, o gestor de marketing da Leancommerce, Rui Barboza fala um pouco sobre essa abordagem:
Outra forma de definir o metaverso é como um mundo virtual, que replica e recria a realidade através de dispositivos digitais. Pode-se dizer que é um ambiente coletivo, de interação, que soma as tecnologias da internet, da realidade aumentada e da realidade virtual.
O termo metaverso vem de um romance de ficção cyberpunk dos anos 1990, chamado Snow Crash (traduzido no Brasil como Nevasca). Escrita por Neal Stephenson, a obra traz um balde cheio de reflexões para quem gosta de tecnologia, filosofia, cientologia, história, antropologia e linguística. Complexo? Não tanto quanto as possibilidades de expansão do mercado mobile no metaverso.
E o mais curioso é que foi este livro que inspirou a criação do jogo “Second Life”, lançado em 2003. No jogo, é possível criar um avatar e se relacionar socialmente em um ambiente interativo 3D.
Na definição do mestre em comunicação pela UNB (Universidade de Brasília), Itamar Pereira, “metaverso são programas computacionais de alto desempenho que viabilizam uma projeção de identidade e uma realidade simulada em gráficos tridimensionais, interagindo com outros usuários por meio de personagens digitais, ou avatares”.
Já o professor do curso de publicidade e propaganda da USP, Luli Radfahrer, fala em “grau de metaverso” para se referir ao nível de imersão que cada plataforma oferece ao usuário. Segundo o professor, diversos jogos desde a década de 1990, quando a internet se popularizou, permitiram uma certa experiência de metaverso.
No entanto, a maioria delas não foi bem sucedida tanto pela limitação tecnológica das infraestruturas da época, quanto pelo surgimento de substitutos para o desejo de criação de novas identidade e de relacionamento, como as redes sociais.
Décadas depois, com avanços tecnológicos e maior popularização de aparelhos eletrônicos, podemos estar vivendo uma nova aposta para o uso do mobile no metaverso.
Oportunidades mobile no metaverso
Quem pensa que o metaverso está focado apenas no mercado de nerds, geeks e apaixonados por jogos, é hora de abrir a cabeça. Essa nova maneira de experienciar o mundo virtual deve mudar a forma como consumimos entretenimento, estudamos, viajamos e até mesmo trabalhamos.
O show da cantora Ariana Grande, realizado no Party Royale (um espaço experimental do Fortnite), mostrou que o metaverso vai muito além dos jogos. São espaços que geram oportunidades de conexão social e auto expressão.
Para ambientes de trabalho, uma aposta dos especialistas é que ao invés de entrar nas salas de conversas por áudio e vídeo, colegas de trabalho possam se encontrar “de corpo inteiro”, através de seus avatares. A boa experiência, claro, vai depender dos produtos criados, da tecnologia acessível e, principalmente, da forma como nos relacionamos com essas oportunidades.
O futuro da educação também parece estar conectado ao metaverso, onde a máxima é “seja tudo o que você puder ser no mundo real”. Seja tudo o que você puder imaginar no mundo virtual”.
Imagine que ao estudar a história do Brasil você pudesse experienciar como eram as paisagens vistas pelos povos originários antes da invasão europeia. Na matéria de biologia, seria possível viajar pelo corpo humano e até mesmo ver de perto os dinossauros gigantes, mas sem o risco de ser raptado por um Velociraptor, como no filme Jurassic Park.
Construtoras podem fazer tours virtuais por obras em desenvolvimento e empresas podem reduzir custos de treinamento de equipes in loco, por exemplo.
Todas essas dinâmicas, porém, dependem da aplicabilidade do mobile no metaverso. Empresas de tecnologia e de telefonia têm se unido na discussão que vai levantar a estrutura necessária para que esses conceitos se tornem realidade.
Algo importante para gestores é internalizar o metaverso não como lugar, mas como uma forma de consumir conteúdo, que combina a internet como já conhecemos à realidade virtual e à realidade aumentada. Tendo essa conceituação em mente e acompanhando lançamentos e tendências é possível ficar atento a oportunidades de marketing e expansão para seus produtos e e-commerce.
Qual o papel do mobile no metaverso?
Como grande parte da população mundial acessa a internet por meio de dispositivos móveis, o papel do mobile no metaverso é central no que diz respeito a sua aplicação prática e uso em massa.
Para garantir o funcionamento satisfatório do mobile no metaverso é fundamental que haja boa disponibilidade de estrutura e conexão para os aplicativos. Além da quantidade de informações baixadas, a latência (tempo de resposta) e a estabilidade são fatores decisivos para a popularização do mobile no metaverso.
Em palestra no MWC, a futurista especialista em metaverso, Cathy Hackl, explicou que é como se as empresas de mobile estivessem construindo as ferrovias que irão permitir que as experiências do mundo virtual aconteçam.
A especialista destacou que hoje a estrutura da web é pautada em uma demanda maior de downloads que de uploads. Muito em breve, com o mobile no metaverso, o volume de download e upload deve ser demandado igualmente.
O próprio Zuckerberg declarou em um comunicado que as ambições da Meta só serão alcançadas se houver melhorias drásticas na infraestrutura das telecomunicações.
Em todo o mundo, mas principalmente no Brasil e países semelhantes, uma das barreiras para as aplicações do metaverso no mobile é o custo dos aparelhos móveis com capacidade de processar as aplicações com conteúdos imersivos e a conectividade 5G.
O grande dilema é possibilitar que pessoas com mobiles de pouco poder de processamento consigam interagir no mesmo espaço em que colegas com outros dispositivos estejam. O avanço nessas discussões é fundamental para o verdadeiro boom que o mercado espera com o metaverso.
Até lá, gestores e lideranças devem mergulhar em suas forças internas para planejar as oportunidades e lançá-las hora certa.
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